Acordei
bem cedinho hoje.
Dei bom
dia ao sol,
e me
despedi da lua
que
ainda dava o ar da sua graça.
Havia
uma neblina que cobria
todo
aquele lindo vale.
Os
pássaros me receberam
com
alegres cânticos angelicais.
Meu
pijama combinava com
a multi
cores deste raiar do dia.
Borboletas
bocejavam enquanto
pousavam
sobre as flores.
Do
jardim podia vê-la na cozinha
fervendo
a água do chá. O vapor
se
dissipava no ar, e ela, linda,
nem reparou
que sorria pra ela.
A
neblina começava a se dissipar.
E eu
extasiado, só pensava num jeito
de fazer
daquele dia o mais
feliz
possível pra ela.
Fui até
a roseira e gotas de orvalho
estavam
pulverizados sobre suas folhas.
E neste
momento agradeci,
por ter
na vida tanto amor.
Abaixei-me,
escolhi o botão mais lindo.
Dentre
muitos que estava na roseira.
Tirei a
embrulhei num beijo.
E fui
levar pra ela.
Quando
entrei na cozinha, dei-lhe o
botão,
um botão de rosa amarela.
Ela
sorri para mim, e me abraça,
e um
beijo acontece.
Enquanto
sentávamos a mesa para
tomar o
chá que com carinho ela fez.
Notei
novamente as gotas de orvalho
sobre as
folhas da roseira.
O sol
estava mais generoso e as
gotas
evaporavam uma a uma.
De
súbito me veio a certeza.
Ela veio
em minha vida como este sol.
Ela
evaporou as lágrimas que teimavam
em
molhar minha vida
a sombra
de uma neblina fria,
chamada
solidão.
Gotas de
orvalho nas folhas da roseira
Por
William Vicente Borges
Fonte: