“PARA MIM, POESIA NÃO É INVASÃO OU FUGA, MAS SIM LIBERDADE CRIADORA,
LUGAR INTEMPORAL DE TODAS AS POSSIBILIDADES. PODE E DEVE SUBVERTER, SUBLIMAR,
EXALTAR E DESPERTAR…
A POESIA É REFLEXÃO, É UM UNIVERSO SEM FIM.”
— Arminda Lopes


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A VOZ DO VENTO

Ouço a voz do vento,
soprando com imensidão,
parece mais lamento
nas serras do sertão.
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Me deliciava com a voz do vento,
soando suave nos rochedos
que me servia de argumento
para dele nunca ter medo.
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Sabia que, com o balanço do vento
as folhas das arvores iam caindo
saltitando a pulos lentos
iam pelas águas do rio descendo.
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Diferente, modificava
provocando verdadeira tempestade,
cada vez mais forte soprava,
mostrando sua crueldade.
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Depois da tempestade
pouco nos tinha sobrado,
chorando, vimos tudo arrasado,
eu ficava muito assustada.
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Bastante revoltada,
sentia eu, um aperto no coração
uma lágrima em meus olhos rolavam,
ainda nervosa esfregava as mãos.
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Logo suave tornava o vento,
como que lambendo o meu rosto
num sublime intento
de amenizar aquele desgosto.
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A VOZ DO VENTO
Ana Amaral
Colaboração: Solange Vieira

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