É
lágrima d’ olho d’ água de rio,
Que esvai
do ribombo da cascata,
E migra
para zona de estio,
Condensada
em nuvem de prata,
E depois
de vagar no espaço vazio,
Volta
prá terra numa serenata...
Aí! Molha
a terra ressequida,
Aí!
Embaça a luz do pirilampo,
Aí!
Renascem as cores da vida,
Aí! A
folhagem muda de estampo,
E assim essa lágrima serena,
Prá
natureza é tinta de pincel,
Que colore
o capim a relva e a mata,
A flor
grande e a florzinha pequena,
Sem
perceber que é um “Menestrel”,
Que canta
o amor numa serenata...
Sereno
Por João Batista Silva