Cora Coralina entregava aos amigos um cartão onde ela escrevia:
Amo-te. Sou tua,
pois que fui feita do teu barro imundo.
Meus pés se apoiam
na tua firmeza,
enquanto meu
espírito procura Aquele que me
criou um dia, para
tudo quanto ignoro.
Sei que vivo em ti, colada ao teu ventre fecundo.
Sei que vivo de tudo que me vem de ti,
Sei que vivo em ti, colada ao teu ventre fecundo.
Sei que vivo de tudo que me vem de ti,
através do esforço,
do trabalho e da luta.
Sinto-me integrada em todas as belezas simples
e
Incompletas que
provém de ti.
Minha biologia é estreitamente da terra e, para a terra.
Terra, minha grande Mater, generosa e fecunda!
De conforto é para o meu cansaço disfarçado de todos,
o pensamento de que em breve abrirá o teu seio,
a cava estreita do meu repouso.
Cora Coralina
Minha biologia é estreitamente da terra e, para a terra.
Terra, minha grande Mater, generosa e fecunda!
De conforto é para o meu cansaço disfarçado de todos,
o pensamento de que em breve abrirá o teu seio,
a cava estreita do meu repouso.
Cora Coralina
Jornal O Andradina –
1944.
Fonte: Livro Cora
Coralina Raízes de Aninha, 2009.
A visão da Mulher
Terra que veio do barro e ao seio da Terra voltaria, norteou a vida de Cora
Coralina e, impregnou seus escritos com essa sabedoria.
Sua sabedoria foi semeada em seus poemas e crônicas, publicadas em jornais e livros.
Ela nos deixou esse legado. A semente germinou, cresceu e hoje floresce como ela mesma havia profetizado "escrevo para uma geração vindoura".
Sua sabedoria foi semeada em seus poemas e crônicas, publicadas em jornais e livros.
Ela nos deixou esse legado. A semente germinou, cresceu e hoje floresce como ela mesma havia profetizado "escrevo para uma geração vindoura".
Um presente de:
Palavras de Seda