“PARA MIM, POESIA NÃO É INVASÃO OU FUGA, MAS SIM LIBERDADE CRIADORA,
LUGAR INTEMPORAL DE TODAS AS POSSIBILIDADES. PODE E DEVE SUBVERTER, SUBLIMAR,
EXALTAR E DESPERTAR…
A POESIA É REFLEXÃO, É UM UNIVERSO SEM FIM.”
— Arminda Lopes


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CÁRCERE DAS ALMAS

Ah! Toda a alma num cárcere anda presa,
soluçando nas trevas, entre as grades
do calabouço olhando imensidades,
mares, estrelas, tardes, natureza.
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Tudo se veste de uma igual grandeza
quando a alma entre grilhões as liberdades
sonha e sonhando, as imortalidades
rasga no etéreo Espaço da Pureza.
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Ó almas presas, mudas e fechadas
nas prisões colossais e abandonadas,
da Dor no calabouço, atroz, funéreo!
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Nesses silêncios solitários, graves,
que chaveiro do Céu possui as chaves
para abrir-vos as portas do Mistério?!
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CÁRCERE DAS ALMAS
João da Cruz e Souza (1861-1898)
Colaboração: Thiago Monfredini

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