Eu caminhava por um
caminho,
Num campo completamente
só,
E nessa errante
caminhada,
Distraído, eu não pensava
em nada,
Apenas ia, indo sozinho,
Solitário, e pisando o
pó...
Mas, de repente numa
barranca,
Eu vi uma linda e
pequenina flor,
Que tinha o brilho de uma
estrela,
E o que a fazia ainda
mais bela,
Era sua vestimenta
branca,
Que realçava todo o seu
alvor,
Que de colhê-la tive
desejo,
Mas, me pareceu ouvi-la
dizer,
Se murchinha não me
deseja ver,
E nem que eu morra de
tristeza,
Afasta de mim esse
lampejo...
E como um médium
auditivo,
Ouvi o suplicante apelo,
Da meiga e branca
florezinha,
Que me dizia é assim que
vivo,
Sozinha, e sem ter nenhum
zelo,
Mais feliz é você que
caminha...
Tocado poupei-a do
martírio,
Ao ver que flor também
padece,
E pensativo comigo mesmo,
Embora, caminhasse a
esmo,
Senti a dor da flor de
lírio,
A dor que, só quem é só, conhece!
A dor que, só quem é só, conhece!
A Esmo - Por João Batista Silva
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